Mudanças alimentares, falta de atividades físicas, dificuldade no acesso a medicamentos e serviços de saúde tornaram-se motivos de alerta
A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe grande impacto na rotina e nos hábitos de toda população. As mudanças alimentares, falta de atividades físicas, dificuldade no acesso a medicamentos e serviços de saúde tornaram-se motivos de alerta. A queda nos níveis de condicionamento físico pode causar o aumento de doenças crônicas associadas à falta de exercícios físicos, como obesidade e problemas cardíacos.
Uma análise publicada pelo Banco Mundial em 26 de agosto apontou que a obesidade não só aumenta o risco de morte em pacientes com Covid-19 em quase 50%, mas também pode limitar a eficiência de uma vacina contra o novo coronavírus.
Algumas destas condições também tornam as pessoas mais propensas aos efeitos graves da covid-19. Diversos países relataram que medidas de isolamento levaram ao ganho de peso em sua população em algum momento. No Brasil, uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que quase quatro em cada dez pessoas engordaram durante a pandemia.
Considerando o direito médico em meio ao aumento destas doenças e a possível sobrecarga que o sistema de saúde enfrentará pela demanda reprimida diante de consultas desmarcadas e pelo absenteísmo, ou seja, a ausência dos pacientes aos agendamentos, centros de saúde ou consultórios, a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) faz um alerta.
“É fundamental que as pessoas sejam alertadas sobre esses riscos, seja por parte de seus médicos, convênios ou mesmo por campanhas promovidas pelo setor público, que futuramente atenderá a essa demanda. A crescente no número de casos de obesidade, diabetes e problemas cardíacos é uma realidade que outros países já estão enfrentando. Precisamos colocar essa situação em pauta”, destaca o presidente da entidade, Dr. Raul Canal, que está disponível para entrevistas sobre o assunto.